Fecho os olhos, não sofro,
Não é a minha sina.
Nada sinto, porque o sentimento é externo a mim.
Meu eu interno é subjetivo e egoísta.
Externo a mim,
há uma polifonia multi sideral de outros eus que me
completam.
Então, mergulho nas palavras...
Escrevo para suprir a demência,
Completar a ausência,
As palavras falam por si.
Elas sim, são sábias!
Cada um interpreta como quer.
Porque o poeta, muitas vezes, não quis dizer nada,
Quis apenas escrever, para vencer a madrugada!
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