domingo, 14 de junho de 2015

Sonhei-te

Sonhei-te tão perto,
que as mãos dos meus lábios
quiseram te tocar,
mas não te alcançaram!
És tão árido deserto...
Quisera eu banhar-te
com as lágrimas do meu oásis,
mas ao cair na tua areia elas secaram.
A escuridão do teu sentir é tão grande,
nem mesmo a luz contida
no recôndito dos meus olhos
pode atingir a profundidade
do teu abismo e iluminar-te!
Ah! como eu queria derreter o gelo
que cobre esse teu corpo
com as pernas do meu rio,
te envolver com minhas curvas
caudalosas, e te agasalhar...
Mas preferiste as ondas
do teu salgado mar,
e, indiferente,
evadiu-se de mim!


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